Hoje festajamos Santo Antão do Deserto, (em italiano Santo Antonio Abate), também conhecido como Santo Antão do Egito, Santo Antão, o Eremita, ou ainda O Pai de Todos os Monges, foi um santo cristão do Egito, um líder de destaque entre os Padres do Deserto.
Santo Antão é o protetor dos animais domésticos e é um dos eremitas mais ilustres da história da Igreja. Nascido em Coma, no coração do Egito, por volta de 250, aos vinte anos abandonou tudo para viver primeiro em um deserto e depois nas margens do Mar Vermelho, onde viveu por mais de 80 anos. Sua história é contada por um discípulo, Santo Atanásio.
Abade e eremita, é considerado o fundador do monasticismo cristão e o primeiro dos abades. Filho de fazendeiros cristãos, ele ficou orfão muito jovem e decidiu deixar seus bens para os pobres e se retirar para a vida solitária nos desertos de sua cidade. Dizem que ele se dedicou a curar e a “libertar-se do diabo” e é considerado o protetor dos animais domésticos.
Na iconografia tradicional, ele é representado com uma longa barba branca, com uma vara com sino e um porco, companheiro inseparável do santo em todas as suas representações. É celebrado pela Igreja no dia 17 de janeiro, juntamente com a benção de animais e dos estábulos. Por isso, no dia 17 de janeiro ou no domingo seguinte, em muitas igrejas italianas, é comum levar os animais para serem abençoados durante a missa.
Esta tradição não está diretamente ligada ao santo, mas nasceu na Idade Média onde cada aldeia tinha um porco a ser atribuído ao hospital dos monges de Santo Antônio. Os porcos de propriedade dos Antonianos tornaram-se “sagrados” ao longo do tempo porque serviam como alimento para os doentes: quem ousasse roubar um, teria recebido a vingança do santo, ou seja, doenças em vez de cura.
Uma lenda do norte da Itália também nos diz que na noite de 17 de janeiro, os animais adquirem a habilidade de falar: durante este evento os fazendeiros ficavam longe dos estábulos porque ouvir animais falando era um sinal de má sorte.
Em Florença, na Capela Castellani, na igreja de Santa Croce, em 1385, Agnolo Gadi decorou a capela com história de Santo Antão e outros santos.
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