No dia 16 de abril de 1533, chega em Florença, com apenas 12 anos, Margarida da Austria, futura esposa do duque Alessandro de’Medici.
Margarida era filha de um dos homens mais poderosos da época, o Imperador do Sacro Romano Império Carlos V, com a sua amante Johanna Van der Gheynst. Apesar de ter nascido filha ilegítima, Margarida foi reconhecida pelo imperador e foi educada como uma princesa. Sendo um bom partito, o destino da jovem princesa, logo fez parte dos jogos das alianças políticas europeias.
De fato, O Papa Giulio de’Medici (Clemente VII) conseguiu que Margarida esposasse seu filho ilegítimo, duque de Florença Alessandro de’Medici. Margarida chegou em Florença em 16 de abril de 1533, e foi recebida pelas grandes damas da alta corte florentina, entre elas Catarina de’Medici. Depois de alguns dias, foi a Roma e partiu para Nápoles, na corte dos Toledos. Lá viveu por três anos, pois era muito jovem, para consumar o casamento. Durante esse período, o duque Alessandro foi visitá-la diversas vezes.
O casamento foi celebrado em 1536 e a união com Alessandro de’Medici não foi feliz principalmente por causa do caráter e indisciplina de seu marido. O casamento foi muito curto, pois o duque Alessandro foi assassinado em 1537 por seu primo Lorenzino dei Medici.
Margherita, viúva, era novamente disponível e desta vez foi o Papa Farnese, Paulo III, a obter o consentimento do Imperador para ela se casasse com o seu neto Ottavio Farnese, três anos mais jovem do que ela. O casamento foi celebrado na Capela Sistina.
Margherita não amava Ottavio Farnese e não o considerava digno de ser seu marido, apesar do Papa Paulo III ter acumulado honras, cargos e riquezas para seu sobrinho. No entanto, tendo que ceder por razões de Estado, ela teve a coragem de se apresentar em Roma vestida de preto, não apenas por sua viuvez, mas para manifestar o que sentia por essa imposição. Ela também tentou de todas as maneiras não consumar o casamento. Não teve jeito: com a união com Ottavio Farnese nasceram dois filhos gêmeos.
De personalidade estraordinária, gostava de ser chamada simplesmente de “Madama”, e sua memória permanece no Palazzo Madama, em Roma, o edifício que hoje é a sede Senado. O Palazzo Madama, pertencia a família Medici e fez parte da herança deixada pelo seu marido Alessandro.
Margarida morreu em Ortona, na região de Abruzzo com 64 anos de idade e foi sepúltada em Piacenza.
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