Exposição de Lutero na Galleria degli Uffizi em Florença: I volti della Riforma. Lutero e Cranach nelle collezioni medicee (O rosto da reforma. Lutero e Cranacch nas coleções mediceas).
Uma exposição sobre Martinho Lutero no 500º aniversário da publicação de suas famosas 95 teses no portão do Castelo de Wittenberg: a exposição acontece na Galleria degli Uffizi, em Florença, de 31 de outubro a 7 de janeiro de 2018.
É em exibição uma coleção de pinturas com temas luteranos pertencentes às coleções da família Medici. Entre os principais trabalhos estão os retratos de Martinho Lutero e Philipp Melanchthon (em português: Filipe Melâncton; Bretten, 16 de fevereiro de 1497 – Wittenberg, 19 de abril de 1560), os dois teólogos que promoveram o movimento reformista; Lutero, já foi um agostiniano, e sua esposa Caterina von Bora, uma freira cisterciense; de Frederico III, oSábio e João (sucessor e irmão de Frederico III, conhecido também como João, o Firme ou João, o Constante), eleitores da Saxônia e partidários políticos da Reforma.
São obras de Lucas Cranach o Velho, (Kronach 1472 – 1553 Weimar), amigo pessoal de Lutero e pintor oficial do Eleitor Palatino Frederico III o Sábio e da nova corrente religiosa, criou as obras para serem distribuídas como manifestos da nova ideologia. O artista, que apoiava Lutero e seu programa, formulou assim a iconografia oficial do retrato dos líderes do movimento, enfatizando a simplicidade.
É em exibição também uma cópia antiga de um retrato de Lutero, o díptico de Adão e Eva e uma Nossa Senhora com o Menino Jesus e São João, sempre de Cranach. É interessante observar como Lucas Cranach, criava obras com temas católicos e com temas reformistas.
Também fazem parte da exposição os retratos de personalidades florentinas que foram perseguidos pela inquisição por manifestarem interesse pela nova corrente religiosa: Pietro Carnesecchi, de Domenico Puligo e Bartolomeo Panciatichi, de Agnolo Bronzino.
Além disso, em exibição, é possível admirar gravuras difundidas quase como ilustrações dos textos sagrados reformados, alguns dos quais publicados pelo próprio Cranach, como editor. Pela primeira vez, são exibidas três séries de gravuras que representam a Paixão de Cristo, os apóstolos e os mártires. São gravuras em que Cranach se separa da lição de Dürer criando obras originais sobre os mesmos temas que o seu grande compatriota (um exemplo é a Penitência de São João Crisóstomo). O público então poderá ver impressões satíricas contra os líderes da Igreja de Roma.
A exposição mostra a grande abertura dos Medici às novas tendências teológicas, para documentar a diversidade cultural da Europa.
O bilhete da exposição é incluido no bilhete da Galleria degli Uffizi.
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