Hoje vamos conhecer mais uma obra-prima de Agnolo Bronzino: o retrato de Bia dos Medici.
Cosimo I e Eleonora de Toledo tiveram um casamento muito fértil: 11 filhos nasceram desta união. Cosimo teve uma filha ilegítima, concebida antes do matrimônio com Eleonora, que recebeu o nome de Bianca e que ficou conhecida com o apelido carinhoso de Bia.
Eleonora, criou Bia com muito amor, como se ela tivesse nascido do seu ventre. Bia foi criada junto com os descendentes legítimos, rodeada do carinho de Eleonora de Toledo e de sua avó Maria Salviati, a quem muitas vezes foi confiada e que por ela nutria uma especial simpatia.
Infelizmente, com cerca de cinco anos de idade, Bia adoeceu repentinamente no final de Janeiro de 1542, morrendo após algumas semanas.
Cosimo mandou então realizar a máscara mortuária de gesso, inventariada em 1553, onde também encontramos pela primeira vez o registro do retrato de Bia realizado por Bronzino. Alguns estudiosos levantaram a hipótese de se tratar de um retrato póstumo, realizado com a utilização máscara mortuária.
A datação da obra oscila, portanto, entre 1542 e 1545, quando Bronzino pintou o Retrato de Eleonora de Toledo com seu filho Giovanni que, à semelhança desta pintura, apresenta a mesma solução de colocar a figura sobre um fundo azul intenso.
As roupas da jovem, cuja cor branca alude à pureza e ao nome Bianca (Branca em italiano), e à abundância de joias dão a menina um ar de princesa adulta.
Junto com o colar de pérolas, a menina usa uma corrente de ouro na qual pendura um medalhão com o perfil de seu pai Cosimo.
A pose é a dos retratos oficiais, rígida, mas iluminada por alguns sinais de movimento das mãos, como se a protagonista estivesse se levantando.
A obra é conservada na Galleria degli Uffizi em Florença.
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