Leon Battista Alberti era um daqueles homens de caráter versátil, que o Renascimento produziu de maneira muito frequente. Era arquiteto e também pintor, mas era especialmente uma autoridade em todos os ramos da arte. Para Alberti, a arte era a suprema manifestação da criatividade humana. O ideal estético de Leon Battista Alberti baseia-se na busca da harmonia proporcional, em formas proporcionadas e modeladas no homem.

Ocupou no seu tempo uma posição simile aquela de Leonardo da Vinci, cinquenta anos depois. A fama que Alberti conquistou é devida principalmente aos seus estudos de pintura, perspectiva, arquitetura, escultura, latim. De fato, Alberti escreveu tratados sobre a pintura, arquitetura e escultura. Escreveu também alguns livros sobre o amor em prosa e em versos.

Diz Giorgio Vasari no livro Vidas dos Artistas:

“Embora tenha-se dedicado a construção e tenha corrido o mundo para estudar a antiguidade, Alberti foi muito mais dado à escrita do que a prática… Portanto, não é de se admirar que ele seja mais famoso por tudo que escreveu do que por aquilo que construiu. E, como se pode ver pelo que escreveu, foi um grande literato, excelente matemático e geômetra”.

Filho natural do florentino Lorenzo Alberti, exilado em 1402, Leon Battista nasceu em Gênova em 1404. Depois se mudou com o pai para Veneza e frequentou a escola paduana do humanista Barzizza e depois o estúdio de Bologna, onde se diplomou em direito canônico em 1428.

Ingressando na Cúria romana, seguiu a corte pontíficia quando o Papa Eugênio IV se transferiu para Florença em 1434, ficando ali até 1443. Sendo conselheiro de V, a partir de 1460, vai para Mantova na corte de Ludovico Gonzaga.

Palazzo Rucellai, Florença

Por cerca 10 anos, Alberti trabalhou como arquiteto para um dos homens mais rico de Florença: Giovanni Rucellai. Para ele, construiu o Palazzo Rucellai, localizado na via Vigna Nuova, a Loggia e o Tempietto Rucellai. A renovação trazida no palácio Rucellai (por volta de 1447-51) deriva diretamente do estudo dos monumentos romanos, é muito profunda: os pilares dividem a frente de um palácio florentino pela primeira vez em intervalos regulares, fechando as janelas dos andares superiores, vastas e majestosas. Sempre para a família Rucellai, Alberti completou a fachada da Basílica Santa Maria Novella. Na fachada Alberti realizou a parte superior.

Alberti, morreu em Roma no dia 25 de abril de 1472. Por todo o conhecimento que Alberti nos deixou, ele é reconhecido como um dos artistas mais poliedros do Humanismo Italiano.

O seu epitáfio diz: “A Leon Battista Alberti, o Vitrúvio florentino. Aqui jaz Alberto Leon, que a cidade de Florença com razão chamou de Leão, porque foi o Príncipe dos sábios, Príncipe como só o leão o é entre as feras.”

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Cristiane de Oliveira

Brasileira do Rio de Janeiro, vive em Florença ha 17 anos. Apaixonada por arte, historia e bons vinhos. Guia de turismo e sommelier na Toscana.

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