Hoje vamos falar de um movimento cultural que nasceu na cidade de Florença: a Renascença Italiana.
“Graças a Deus, foi-nos permitido nascer nesta nova era, tão cheias de esperanças e promessas, que já comemora a maior coleção de almas nobremente dotadas que o mundo viu nos mil anos precedentes.”
Palavras usadas por Matteo Palmieri, florentino, boticário e intelectual, as para descrever Florença no século XV, época na qual ele viveu. Seu entusiasmo reflete o sentimento do período que viria a ser reconhecido quatro séculos depois como Renascença. Esse nome, dado pelo escritor, pintor e arquiteto aretino Giorgio Vasari, reconheceria que a geração de Palmieri foi testemuha do renascimento do saber quase perdido desde os tempos da Grécia e da Roma clássicas.
Com a difusão do conhecimento há muito esquecido, veio uma nova maneira de pensar baseada mais na sabedoria terrena do que nas doutrinas da Igreja. E esse espírito de aventura intelectual não estava confinado a uns poucos eruditos enclausurados: foi levado a todos os cantos através da imprensa, inventada no decorrer do século XV. Chegou ao estúdio do artista como a biblioteca essa foi a época de alguns dos maiores mestres da arte que já existiram, de Masaccio, Brunellesch e Donatello, na aurora do século, a Botticelli e Leonardo da Vinci, em seu final.
A Itália renascentista era uma colcha de retalhos de reinos, ducados e república rivais, todos competindo pela supremacia. Em termos de território, o maior estado era Napoles, que abarcava boa parte da península ao sul de Roma e, a partir de 1443, as Ilhas da Sicilia e da Sardenha. No centro os Estados Pontifícios entendiam-se para além da base secular de poder do Papa, o assim chamado Patrimônio de Pedro, em torno de Roma; muitas das dependências mais afastadas resistiram com eficácia ao controle do papado durante boa parte do século. No norte da Itália, as principais potências eram o ducado de Milão, o estado de Florença e a república de Veneza.
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