A família Pazzi não teve um papel importante somente na vida política e econômica de Florença, culminando na Conspiração dos Pazzi em 1478, mas teve também personagens de absoluta importância como por exemplo, a protagonista do nosso artigo, a mística Maria Maddalena dei Pazzi.
Sua espiritualidade influenciou profundamente a sociedade florentina do século XVII, mas seus ensinamentos espirituais influenciaram a arte e a história do misticismo a ponto de marcar algumas figuras como a Serva de Deus Leonora Ramirez de Montalvo e Diomira Allegri de Florença ou a venerável Rosa Maria Serio de Fasano.
Os pais de Maria Maddalena dei Pazzi
Seu pai, Camillo, nasceu no dia 07 de dezembro de 1535. Era filho de Geri de’ Pazzi e Lucrezia Manucci. Se casou com Maria de Lorenzo Buondelmonti, mulher piedosa.
Camillo era muito estimado pela família Medici, que lhe deu numerosos cargos importantes. O grão-duque Francesco I o enviou em 1581 a Cortona como comissário e a Volterra em 1584. No governo de Ferdinando I, sucessor e irmão de Francesco, Camillo recebeu novamente o cargo de comissário em Arezzo e Podestá em Prato.
Camillo e Maria tiveram 04 filhos: Geri (1561-1618), Alamanno (nascido entre 1562 e 1565 e morto em 1587), Caterina (futura Santa Maria Maddalena de’Pazzi – 1566-1607) e finalmente Braccio, que nasceu um ano depois de Caterina e morreu ainda criança. Alamanno morreu em 14 de julho de 1587, quando era capitão das milícias toscanas.
Santa Maria Maddalenna ofereceu diversas orações para a salvação da alma do seu irmão Alamanno. Em êxtase, durante a festa da Natividade da Virgem Maria, Maria Maddalena, teve a graça de ver a alma de Alamanno liberada do purgatório e subir até o paraíso.
Foi Geri, o irmão primogênito, que recebeu toda a herança deixada por Camillo. Geri, teve uma relação de muito afeto com a sua irmã Catarina. Ele assegurou a descendência da família esposando Ippolita Nasi, com quem teve cinco filhos: Lucrezia, Piero, Maria Maddalena, Camilla e Maria. Lucrezia, sobrinha da Santa, também dedicou sua vida a Deus, na ordem dos domenicanos, as outras três sobrinhas, entraram no convento carmelitano onde estava a tia.
O único sobrinho de Maria Maddalena de’Pazzi foi Piero, nascido em 1597, esposou Elisabetta di Neri Giraldi, uma das damas da Grão-duquesa Maria Maddalena d’Austria, uma das maiores sustentadoras da canonização de Maria Maddalena de’Pazzi.
Após a morte de Lucrezia, Camillo se casou pela segunda vez com Camilla di Luca Torreggiane, viúva de Filippo Nerli. Eles não tiveram filhos. O pai da nossa Santa morreu em 1597.
Catarina de’Pazzi
Catarina de’Pazzi nasceu no dia 02 de abril de 1566 no Palazzo da família situado no Borgo degli Albizi em Florença. Um dia após o seu nascimento, a pequena Catarina recebeu o batismo no coração religioso de Florença, o Batistério de San Giovanni. Seus padrinhos foram Pandolfo Strozzi e Maria Francesca Minoberti. Seu nome de batismo era Catarina em homenagem a avó materna (Catarina d’Altoianco Giandonati), mas isso não agradou muito aos avós paternos, por isso ela sempre foi chamada de Lucrezia em homenagem a avó paterna, Lucrezia Manucci.
Catarina cresceu no Palazzo de’ Pazzi, onde nasceu. Não se trata do palácio que foi construído por vontade de Andrea de’Pazzi onde a família morou até a data da famigerada conspiração. Depois que os bens dos Pazzi foram confiscados, esse imóvel não tornará mais para família. O palácio o qual a nossa Santa nasceu e passou a sua infância é o Palazzo Pazzi Ammannati, conhecido também como “Colombaria”, entre o Palazzo Non Finito e o Ramirez di Montalvo.
No seio da sua família, Catarina sentiu uma crescente atração pela vida espiritual e uma grande sede de Deus, além de um forte desejo de vida solitária. Catarina sempre acompanhou os seus pais na igreja de San Giovanino dos padres jesuítas para confessar e comungar. Foi nessa igreja, no dia 25 de março de 1576, que Catarina recebeu o sacramento da Eucaristia pela primeira vez.
Alguns dias mais tarde, sempre na igreja dos Jesuítas, na manhã da quinta-feira Santa (19.04.1576), sentindo um imenso amor por Jesus, Catarina fez o seu voto da castidade. Anos depois, durante um êxtase, Jesus lhe disse que tinha recebido sua oferta com muita alegria, e como prova de amor recíproco, colocou um anel no dedo de Catarina, símbolo de matrimônio. Finalmente ela tinha sido recebida como esposa de Cristo.
No convento das Carmelitanas
Após o término do cargo administrativo em Cortona, em abril de 1582, Camillo e sua família retornaram à Florença. Foi nesse período que Catarina contou para os seus pais a sua vocação religiosa, mas encontrou uma forte rejeição principalmente da parte do seu pai.
Assim, ela encontrou na oração, força para poder continuar fiel a sua vocação. Finalmente, em um certo dia, encontrou coragem para afrontar o seu pai, declarando com grande determinação, que preferia que lhe cortassem a cabeça do que não seguir a vida religiosa. Escutando essas palavras, Camillo começou a chorar e não teve mais força de obstaculizar os projetos da filha.
Com apenas 15 anos, na vigília da festa de Nossa Senhora da Assunção, Catarina entrou pela primeira no convento das Carmelitas de Santa Maria degli Angeli no bairro de San Frediano em Florença. Ali permaneceu por 15 dias, os quais foram suficientes para que a jovem florentina tomasse a decisão de seguir a vida religiosa, consagrando a vida a Cristo. As irmãs do convento ficaram admiradas diante das suas virtudes.
Se dependesse de Catarina, provavelmente ela nem teria ido embora do convento, mas isso não era permitido pela constituição do convento e principalmente, os seus pais gostariam de tê-la ainda algum tempo com a filha, antes de se separarem definitivamente. Lembrando sempre, que o convento escolhido pela jovem santa, era de clausura.
O noviciado de Maria Maddalena dei Pazzi
De fato, alguns meses depois, em 27 de novembro de 1582, Catarina entrou definitivamente no convento como noviça. Vestiu o hábito no final de janeiro de 1583 e recebeu o nome de Maria Maddalena dei Pazzi. Como consolação, seu pai encomendou ao pintor Santi di Tito um retrato da filha antes de entrar no convento, quase a querer fixar o rosto de Maria Maddalena antes dela entregar a vida à Deus.
A noviça Maria Maddalena dei Pazzi demonstrou muitas virtudes ao praticar todos os deveres da vida religiosa, mas principalmente aquela da caridade com as companheiras, ajudando nos trabalhos mais humildes do convento. Madre Pacifica testemunhou que a jovem noviça era sempre muito serena, falava pouco e tinha muita graça, doçura e suavidade que conquistava o coração de todos.
Um dia uma jovem noviça, assistindo a missa, viu uma grande luz em torno a Maria Maddalena dei Pazzi e nesta luz um pequeno Menino lhe acariciava com carinho e amizade. No outro dia, a mesma noviça, viu Maria Maddalena entrar no refeitório acompanhada do mesmo Menino. E ainda durante o canto de Salve Rainha, viu a estátua da Virgem Maria estender a mão e abençoar Maria Maddalena.
Em janeiro de 1584, terminou o ano canônico e assim, Maria Maddalena pediu humildemente para professar os seus votos. A superiora do convento não permitiu, a fim de respeitar uma tradição que estabelecia que os votos só poderiam ser feitos em grupos, e isso a deixou muito triste.
No dia primeiro de março de 1984, Maria Maddalena adoeceu e apesar dos tratamentos ministrados, a sua saúde não melhorava: febre alta, tosse forte e uma grande dor no peito. A sua família foi avisada e mandou os melhores médicos de Florença para curá-la, mas ninguém conseguiu identificar a sua doença. Foram receitados muitos remédios, mas todos se revelaram inúteis…Realmente a saúde de Maria Maddalena estava sempre piorando.
A profissão dos votos de Maria Maddalena dei Pazzi
As esperanças de cura de foram perdidas e temendo pela sua vida, foi finalmente concedido que a irmã Maria Maddalena de’Pazzi pronunciasse os seus votos. No dia 27 de maio de 1584, festa da Santíssima Trindade, numa maca a qual as irmãs levaram até o Oratório da Virgem, sem nenhuma solenidade especial, Maria Maddalena fez a sua profissão religiosa.
Naquele dia iniciou uma nova vida para a irmã Maria Maddalena: uma chama lhe queimava o peito, era o fogo proveniente de Deus que lhe dava força do Amor de Deus. A partir desde dia, Maria Maddalena conheceu inúmeras experiências místicas e revelações sublimes do amor de Deus. Manifestações que a fizeram uma das grandes místicas da igreja Católica.
Uma das companheiras do convento, a irmã Maria Grazia Gondi anotava as meditações de Maria Maddalena dei Pazzi. Graças a ela, possuímos os primeiros testemunhos da doutrina espiritual da jovem freira carmelita.
Experiências místicas Maria Maddalena dei Pazzi
No dia 27 de maio de 1584 começou para a jovem religiosa um maravilhoso período espiritual intercalado com um grande número de êxtases. Este período durou cerca de um ano e é dividido em três fases distintas.
O primeiro, chamado de Quarenta Giorni é a introdução desta forma extraordinária de encontro e união com Deus. O segundo, muito mais longo e mais importante pelo número de textos, compreende os êxtases dos “Cinquanta Colloqui” espirituais que vão do Natal de 1585 a junho de 1585. Enfim, o último período compreende os êxtases quase contínuos de 08 a 15 de junho de 1585 (Revelatione e inteligentie).
Todo o convento se transformou em um teatro sagrado de um diálogo incessante entre Maria Maddalena e o seu Deus. Diálogos que misturavam passado e futuro, os eventos da história da salvação, da sua alma, do seu convento, da igreja e do mundo da época. As irmãs foram testemunhas diretas ou indiretas dos fenômenos místicos: vários tipos de êxtases, visões, levitações, profecias e curas.
Desde dos primeiros êxtases o confessor do convento, para entender melhor o caráter desses fatos extraordinários, ordenou a jovem Maria Maddalena de contar tudo o que acontecia às outras irmãs, que redigiam tudo que escutavam. Deram a Maria Maddalena, uma confidente que se chamava irmã Veronica Allesandri, que foi sua companheira de noviciado.
A irmã Veronica anotava tudo e depois registrava as informações em um grande livro, o chamado “Quaranta Giorni” (Quarenta dias). Ela escreveu até o quinto êxtase e depois adoeceu, e assim, continuou as anotações sem registrar no grande livro. Depois, o seu estado de saúde piorou e não foi mais possível continuar com as anotações. Assim, irmã Veronica foi substituída pela irmã Maria Maddalena Mori, que escreveu os êxtases do verão de 1585 e registrou as anotações da Irmã Veronica no grande livro dos Quaranta Giorni.
Os êxtases poderiam durar horas e no final Maria Maddalena se recordava muito pouco do que tinha vivido, além de que às vezes não encontrar as palavras para exprimir tudo que havia visto e ouvido. Assim, as irmãs decidiram juntamente com o Confessor que iriam escrever tudo que Maria Maddalena falava e fazia durante os êxtases. No final de cada êxtase, as irmãs liam para Maria Maddalena o que foi anotado e depois da confirmação dela, as anotações eram registradas no livro grande.
A saúde de Maria Maddalena estava sempre pior e as irmãs estavam preocupadas de perdê-la de um dia para outro. Assim, no domingo 03 de junho, esperando um milagre, as irmãs fizeram uma procissão solene com o Santíssimo Sacramento, na enfermaria onde estava Maria Maddalena.
A Santa não foi curada, mas ela viu Jesus: “Tutto pieno di amore e mi dette soavemente la santa pace con un dolce bacio, tanto che io ne ebbi grandissimo contento.” No dia 08 de junho, Maria Maddalena teve o primeiro êxtase da Paixão de Cristo: Ela viu Jesus coroado com os espinhos, pregado na cruz gritando: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (João 7,37).
No dia 16 de junho, a Santa foi curada por intercessão da Beata Maria Bagnesi. Foi o seu padre confessor que enviou Maria Maddalena no túmulo da Beata para pedir a graça da saúde. No mesmo dia, ela recebeu de Jesus um anel de ouro, sinal de amor e caridade com uma pedra branca, sinal de pureza, com esmalte violeta, símbolo da humildade. Era o matrimônio místico, o qual já falamos no início deste artigo.
Deixando a enfermaria, Maria Maddalena insistiu para recomeçar as atividades normais do convento. Uma testemunha do processo de beatificação nos conta que ela vivia serenamente em companhia das jovens noviças e com as irmãs do convento. No dia 28 de junho, ela recebeu as estigmas.
As tentações
Maria Maddalena foi tentada muitas vezes. Em diversas ocasiões ela pediu a Madre Superior para orar por ela. A Madre sempre a confortava, dando-lhe coragem para perseverar no exercício da vida religiosa. O Diabo sempre aparecia, dizendo que ela tinha perdido da graça divina, que não iria se salvar. Sofrendo muito, ela sempre combateu, manifestando uma força incrível diante do espírito do mal.
Maria Maddalena também liberou do diabo uma jovem chamada Caterina, filha de Carlo Spini. Por obediência ao padre Agostino Campi, e em sua presença no convento, ordenou da parte de Deus, ao espírito maligno que saísse do corpo da moça, fazendo o sinal da cruz. Imediatamente Caterina parou de debater-se e ficou livre e serena.
O primeiro milagre
No dia 02 de julho de 1587, Maria Maddalena fez o seu primeiro milagre. A beneficiária da graça foi a irmã Fede Pucci, que estava inchada das mãos até os pés, sentia muitas dores, não conseguia se mover e estava no leito há quatro meses.
Maria Maddalena foi ao seu encontro com uma imagem da Virgem. Fez uma oração e o sinal da cruz com a imagem nas mãos e disse: “Seja feita a Sua vontade, Deus meu.“. A irmã Fede logo começou a esticar o braço e pegou a imagem da Virgem. Imediatamente sentiu a o corpo desinchar e as dores cessaram. Dormiu bem a noite e não mais sofreu daquela doença.
A irmã Fede Pucci foi a primeira a ser curada por intercessão de Maria Maddalena dei Pazzi no convento. Depois dela, muitas outras irmãs receberam a graça da cura.
Os últimos dias de Maria Maddalena dei Pazzi
No início do mês de maio de 1607, o estado de saúde de Maria Maddalena piorou muito e assim, o seu confessor padre Vincenzo Puccini decidiu administrar a unção dos enfermos. A cerimônia aconteceu no dia 13 de maio e Maria Maddalena pediu perdão à todas as religiosas do convento pelo seu mau exemplo, além de agradecer por ter sido recebida naquela comunidade. “Spero – disse, che per i meriti delle mie pie sorelle, Dio mi perdonerá le mie colpe e mi unirà di nuovo a loro nell’eternità“ (Espero, que pelos méritos das minhas pias irmãs, Deus perdoará as minhas culpas e me unirá novamente à elas na eternidade – tradução livre).
As irmãs cantaram o Símbolo de Nicea, o prefácio da Trinitá e o símbolo de Santo Atanasio; depois Maria Maddalena recebeu do seu confessor a unção dos enfermos. As religiosas eram em torno ao seu leito, derramando lágrimas.
O Sacramento deu a Santa um pouco de consolação e um ligeiro bem estar. Assim, Maria Maddalena disse ao seu confessor que ele poderia ir até Montesenario, pois na sua volta, ela ainda estaria viva. O seu confessor não queria se afastar, pois temia que ela poderia morrer de uma hora para outra. Padre Vincenzo partiu, e retornou após três dias. Maria Maddalena estava no mesmo estado de saúde do dia da sua partida.
Nos últimos dias da sua vida, Maria Maddalena suava muito, tanto que foi necessário que algumas irmãs ficassem ao seu lado para enxugá-la com pedaços de tecidos brancos. Tais tecidos foram conservados no convento como verdadeiras relíquias.
Apesar do grande sofrimento, Maria Maddalena conservou sempre uma grande serenidade, sempre aceitando a vontade de Deus. Um dia, uma religiosa entrou de repente no quarto da Santa e para a surpresa das irmãs que estavam presente, se aproximou da doente e começou a dizer injúrias. Maria Maddalena recebeu a religiosa com admirável paciência, respondendo com tom de amizade que tal religiosa veio lhe fez um bem e que agradecia de estar viva para poder levar essa pequena cruz antes da sua morte.
A morte de Maria Maddalena dei Pazzi
O dia 24 de maio, dia da Ascensão, foi aquele mais sofrido. Ela pediu o viático, a comunhão de quem está prestes a morrer, e o seu confessor lhe disse que lhe portaria após a meia-noite. No momento o qual ela recebeu a Eucaristia, foi invadida de joia, mas pouco depois as dores começaram a ficar insuportáveis.
25 de maio de 1607. Passaram diversas horas sem acontecer nada de importante e o seu confessor se afastou para celebrar a missa. Quando ele tinha apenas vestido os paramentos, vieram lhe dizer que Maria Maddalena dei Pazzi estava para dar o seu último respiro. Ele, confuso, não sabia o que fazer e disse a irmã: “Diga a Irmã Maria Maddalena que da mesma forma que ela sempre me obedeceu durante a vida, que seja também obediente na hora da morte e que espere a celebração da Missa” (tradução livre).
Ao receber essa ordem, Maria Maddalena, como se tivesse acordado de um sono profundo, pareceu pegar um pouco de força. Interrompeu o silêncio de horas e disse com voz clara, sorrindo docemente: “Benedictus Deus” (Bendito seja Deus), – a confirmar que obedecer tal ordem não dependia dela. Bebeu um pouco e depois perdeu progressivamente a consciência suando muitíssimo.
Ao terminar a Missa, o confessor Padre Vincenzo Puccini foi até o quarto da Santa e juntamente com as religiosas começaram, entre lágrimas, a cantarem. Na mesa hora da morte de Jesus, por volta das 15h, Maria Maddalena deixou esta terra e voou em direção ao Padre Eterno, o qual já havia contemplado durante tantos êxtases. Era 25 de maio de 1607.
Maria Maddalena morreu com 41 anos e dois meses de idade. Viveu no convento como religiosa por 24 anos e 4 meses. Quando Maria Maddalena morreu, a cidade de Florença não teve dúvida sobre a sua santidade e as carmelitas tiveram ainda menos. Quatro meses após a sua morte, as carmelitas transformaram o seu quarto em um oratório que foi decorado com um crucifixo e um quadro com a representação da Serva de Deus, realizado pelo pintor Francesco Curradi.
Com aprovação superior, começou a veneração de Maria Maddalena que se espalhou por toda a Europa. Em 1857 a primeira igreja de Filadélfia será dedicada a ela.
Em 27 de maio de 1608, foi feita a exumação do corpo da Santa para transferi-lo para um local menos úmido. O corpo estava intacto, enquanto a madeira do caixão e as roupas da Santa estavam deteriorados. O corpo da Santa foi colocado em um novo caixão, debaixo do altar do Oratório realizado no seu antigo quarto no convento de clausura.
A partir da exumação, por doze anos, o corpo da Serva de Deus, não cessou de emanar um líquido perfumado. Em 08 de maio de 1626, Urbano VIII declarou a irmã Maria Maddalena dei Pazzi Beata. Em 22 de abril de 1669, foi proclamada Santa pelo Papa Clemente IX.
Em 06 de dezembro de 1928, após diversas mudanças, os restos mortais da Santa foram transferidos para o Convento de Santa Maria Maddalena dei Pazzi, em Careggi, onde ainda estão sob os cuidados das irmãs carmelitas. Em 04 de fevereiro de 1932 foi inaugurada a nova igreja e a urna com os restos mortais de Santa Maria Maddalena foi colocado embaixo do altar principal.
Infelizmente não é muito fácil visitar o túmulo de Santa Maria Maddalena dei Pazzi, porque o convento é de clausura. A memória litúrgica é 25 de maio.
Bibliografia: La santa fiamma: Sulle orme di S. Maria Maddalena de’ Pazzi, Gianfranco Tuveri
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