Existem muitos personagens ilustres que nasceram em Arezzo e que prestaram prestígio à sua terra natal ao longo dos séculos. Entre eles, teve um especial destaque Vittorio Fossombroni, matemático, estadista, engenheiro hidráulico, economista, político, diplomata e intelectual. Fossombroni nasceu em Arezzo em 15 de setembro de 1754 na esplêndida casa da família na Piazza San Domenico.

Fossombroni, monumento em Arezzo

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Os Lorenas, sucessores da família Medici no governo da Toscana, compreenderam plenamente as excelentes qualidades de Fossombroni. Ferdinando III o nomeou Ministro das Relações Exteriores e, após a Restauração de 1814, Primeiro-ministro do Grão-Ducado da Toscana.

Retrato de Vittorio Fossombroni – Luigi Zoppi, 1845

Sob seu governo, a Toscana experimentou um período florescente de desenvolvimento econômico, agrícolo e cultural. Sua obra mais magnífica foi a conclusão da recuperação da Valdichiana, pela qual ele foi superintendente das obras de 1789 a 1827. Graças a ele, esse território voltou a ser em sua totalidade a terra fértil que já lhe havia conferido o apelido de “Celeiro da Etruria”.

Suas habilidades também foram apreciadas na França e durante a ocupação francesa na Toscana ele não apenas manteve a maioria de seus deveres, mas também foi nomeado conde e senador pelo próprio Napoleão.

Em 1832, Fossombroni casou-se com a viúva Vittoria Bonci, que já tinha um filho, Enrico Fossombroni, a quem o grande aretino transmitiu antes de morrer, aos 90 anos  (15 de abril de 1844),  seu sobrenome e título de nobreza. O trabalho mais importante de Fossombroni foi a conclusão da recuperação da Valdichiana.

Por muito tempo se falou em erguer um monumento à sua memória, mas por falta de recursos nos cofres municipais nada foi feito até 1863, quando o enteado Enrico Fossombroni se ofereceu para financiar a construção de uma estátua.

A obra foi encomendada ao escultor florentino Pasquale Romanelli, um dos melhores alunos do grande Lorenzo Bartolini, de quem herdou o ateliê localizado no Borgo San Frediano, em Florença. Ainda hoje, tal ateliê é gestido pela família Romanelli.

Fossombroni é retratado na velhice, segurando seus tratados de engenharia hidráulica com a mão direita. A esquerda repousa a mão sobre a cabeça de um leão manso, que por sua vez tem a pata direita em cima de uma esfera: a alegoria do poder.

Monumento funebre – Santa Croce

Em Florença, na Basílica de Santa Croce, considerada o Panteão da Glórias Italianas, também temos um grande monumento funebre em homenagem a Vittorio Fossombroni, feito por Lorenzo Bartolini.

Por que um sapo aparece no pé do monumento a Fossombroni na Basílica de Santa Croce?

Detalhe monumento funebre Santa Croce

Seus concertos coaxantes enchem as noites de verão nas margens dos riachos, mas o sapo tem sido frequentemente considerado um símbolo de ressurreição por causa de sua metamorfose. Quando adulto, é um anfíbio, mas sua vida começa na água. É um animal capaz de se adaptar a dois mundos e, na cultura greco-romana, foi associado à esfera fúnebre.


Cristiane de Oliveira

Brasileira do Rio de Janeiro, vive em Florença ha 17 anos. Apaixonada por arte, historia e bons vinhos. Guia de turismo e sommelier na Toscana.

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